terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Feras no Play Tennis!

Para a maioria das pessoas, dezembro significa confraternizações, happy hours, muita comida boa, praia, sombra e água fresca. Mas para outro grupo de pessoas, final do ano significa malhação, preparação física, suor, concentração e muitas horas dentro de uma quadra de tênis. Essa é a vida dos tenistas profissionais que agora estão fazendo a pré-temporada.

O Play Tennis do Morumbi está recebendo nessa semana entre Natal e Ano Novo, quatro grandes nomes do tênis brasileiro. Thomaz Bellucci, Ricardo Mello, Ricardo Hocevar e Leonardo Kirche. Hoje tive a oportunidade e privilégio de acompanhar um pouco desse treinamento.

Após um bate bola de aquecimento e um rápido treino de controle de bola, Bellucci jogou uma partida com Mello e Hocevar com Kirche. Uma pausa para o almoço e a tarde mais duas horas de treinamento. Puxado, mas necessário para aguentar a longa e desgastante temporada que vem pela frente.


Conversando com o João Zwetsch, técnico do Bellucci, ele disse que o brasileiro teve 15 dias de férias total da raquete, mas já passou por duas semanas de intensa preparação física e já vem nos treinamentos de quadra desde o início de dezembro. Ambos embarcam amanhã para o outro lado do mundo, onde Bellucci jogará os torneios de Brisbane, Auckland e depois o Australian Open. Em fevereiro os dois estarão de volta para a temporada de saibro na América do Sul. Bellucci teve sua melhor temporada em 2009, vencendo seu primeiro ATP e alcançando sua melhor posição no ranking, 36o.

Conversei também com Carlos Albano, treinador de Mello, Hocevar e Kirche. Os três estarão no Aberto de São Paulo, torneio da série Challenger que começa na primeira semana de janeiro, no Parque Vila Lobos. Mello que venceu o torneio ano passado, já começa com o grande desafio de defender seus pontos. Ele é atualmente o 151o do ranking, mas já esteve entre os 50 primeiros. Hocevar jogou seus dois primeiros torneios ATP esse ano e quem sabe ano que vem entrará pela primeira vez entre os 100 melhores do ranking. Kirche venceu três torneios Futures em 2009 e conseguiu dois vices. Assim como Hocevar, alcançou seu melhor ranking ao longo do ano. Para 2010 visa jogar mais torneios Challengers e enfrentar jogadores com melhor nível técnico a fim de evoluir seu jogo.

Desejamos uma excelente temporada à todos e que possamos ver seus nomes nas manchetes, com grandes conquistas! Aproveito para agradecer a atenção do João, do Carlos e dos quatro tenistas!

domingo, 27 de dezembro de 2009

Melhores da Década na ATP

O site da ATP divulgou nesse final de ano uma série de reportagens sobre a década que está se encerrando no tênis profissional. Matérias muito interessantes trouxeram os melhores jogadores, as maiores rivalidades, jogadores que bateram na porta de uma grande conquista mas a deixaram escapar, recordes e estatísticas! Vou colocar alguns desses destaques para lembrarmos um pouco do que aconteceu de importante nesses últimos anos.

Roger Federer, como não poderia deixar de ser é o grande nome da década e da história do tênis. 15 títulos de Grand Slam conquistados e 237 semanas consecutivas na liderança do ranking, dois recordes importantes. Terminou o ano na liderança do ranking cinco vezes em dez anos, nada mal.

Rafael Nadal, principal rival do suíço, foi o único a conseguir destroná-lo do topo do ranking. Rei do Saibro, Nadal conquistou 25 dos seus 36 títulos no piso, mas nem por isso podemos dizer que é um jogador de um piso só. Foi o único capaz de bater Federer na grama de Wimbledon e ainda levou o título do Australian Open na quadra de piso rápido. Dono de seis títulos de Grand Slam, o espanhol marca pela sua raça, determinação, força e poder mental dentro de quadra.

Lleyton Hewitt está um tanto esquecido nesses últimos anos, mas o australiano fez estrago no início da década com sua raça, regularidade e gritos de "come on" e merece ser lembrado. Com dois títulos de Grand Slam, e um total de 27 triunfos na carreira, foi o único jogador além de Federer a vencer o ATP Finals (antigo Masters Cup) mais de uma vez na década. É o oitavo jogador a permanecer mais tempo na liderança do ranking com 80 semanas.

Apesar de ter se aposentado em 2006 e ter vivido a maior parte de sua carreira no anos 90, Andre Agassi também está na lista dos cinco melhores. Seus feitos nessa década foram de chamar a atenção. Venceu três Australian Open (2000, 01, 03) e sete Masters 1000. Aos 33 anos, se tornou o jogador mais velho a chegar ao topo do ranking, além de terminar entre os 10 melhores do ranking da ATP todos os anos da década, até sua aposentadoria.

Eu não sei se concordo muito com essa quinta escolha, não tem um jogo, nem uma atitude que me agradam, mas ele tem lá seus méritos, estou falando de Andy Roddick. Com apenas um título de Grand Slam, 13 semanas na liderança do ranking e 27 títulos na carreira, o americano chama a atenção pela regularidade. Ele terminou entre os 10 primeiros do ranking nos últimos oito anos e venceu pelo menos um torneio por ano nos últimos nove anos.

Depois a ATP dá créditos especiais a alguns jogadores como Pete Sampras que venceu dois de seus 14 títulos de Grand Slam nessa década (Wimbledon em 2000 e US Open em 2002). Marat Safin também é lembrado com dois títulos de Grand Slam e nove semanas na liderança do ranking, o russo talvez pudesse ter sido o melhor jogador da década graças a seu enorme talento, mas que não foi usado por completo. Nosso querido Gustavo Kuerten não poderia ficar de fora, e tenho certeza estaria entre os cinco melhores não fossem as contusões (em minha opinião merecia mais do que o Roddick a quinta posição, mesmo com as contusões) que o tiraram a chance de continuar jogando em alto nível. Guga ganhou dois Roland Garros em 2000 e 2001, além de faturar o ATP Finals em 2000 ao derrotar Sampras e Agassi na semi e na final respectivamente (único jogador a conseguir tal feito). Com essa vitória assumiu o primeiro lugar do ranking, onde permaneceu por 43 semanas. Outros jogadores mencionados foram Juan Carlos Ferreiro, David Nalbandian e Nikolay Davydenko.

As rivalidades da década começam com Federer e Nadal. Foram 20 jogos, em sua maioria fantásticos (apenas seis deles foram decididos em sets diretos). Nadal levou a melhor em 13 confrontos. O espanhol fez até Federer chorar de desespero por não conseguir batê-lo. De todos os confrontos 16 deles foram jogados em finais. Apesar da rivalidade, o respeito que ambos tem um pelo outro é enorme. Em seguida temos Sampras e Agassi. Foram 34 jogos, mas apenas seis jogados nessa década. De qualquer forma, essa rivalidade era tão intensa que resolveram esticar um pouco. Sampras levou a melhor em 20 dos confrontos. Em seguida temos Nadal contra Djokovic, uma rivalidade relativamente nova, com pouco mais de três anos, mas que já rendeu 21 jogos, dentre eles o jogo mais longo da história em partidas melhor de três sets. Até o momento Nadal vence o confronto por 14 a 7. A quarta rivalidade é bem apertada. Federer contra Nalbandian. Federer tem dez vitórias contra oito do argentino. Talvez o jogo mais memorável dos dois tenha sido na final do ATP Finals de 2005 quando Nalbandian virou o jogo após estar perdendo por dois sets a zero. A última rivalidade também teve seus confrontos em sua maioria da década de 90, mas vale a pena lembrar. Agassi vs Patrick Rafter. O primeiro com uma das melhores devoluções da história e o segundo com um dos melhores jogos de saque e voleio, propiciaram duelos lindíssimos de serem assistidos. No final Agassi levou a melhor com dez vitórias, contra cinco do australiano.

Rapidamente passar por aqueles jogadores que bateram na trave, chegaram muito próximos de uma grande conquista, mas deixaram escapar. Primeiro Guillermo Coria que desperdiçou dois match points na final de Roland Garros em 2004 contra seu compatriota Gaston Gaudio, após estar vencendo por dois sets a zero. Depois temos Andy Roddick que após perder as finais de Wimbledon em 2004 e 2005 para Federer, teve sua maior chance na incrível final deste ano, mas deixou escapar novamente. Na terceira colocação temos Paul-Henry Mathieu que esteve a dois pontos de dar o título para a França na Copa Davis em 2002, após estar vencendo o quinto jogo por dois sets a zero contra Mikhail Youzhny, mas deixou que o russo se tornasse o primeiro jogador na história da competição a conseguir uma virada nessas condições. Detalhe, a final foi na França. O maior motivo deu ter colocado esse tópico foi devido a vitória de Gustavo Kuerten sobre Michael Russell na quarta rodada de Roland Garros em 2001. Guga salvou um match point no terceiro set e virou a partida, para rodadas mais tarde vencer seu terceiro título no torneio francês. Foi nessa partida que ele desenhou pela primeira vez o coração no saibro. O último foram os dois títulos perdidos por Patrick Rafter em Wimbledon em 2000 e 2001. No segundo ano ele esteve a dois pontos da vitória contra o croata Goran Ivanisevic, mas ficou só no sonho.

Quando se fala em recordes, novamente falamos de Federer que não só obteve as melhores marcas da década como bateu muitos recordes de todos os tempos no tênis. Dividindo com ele essa glória temos novamente Rafael Nadal que também estabeleceu grandes marcas e bateu alguns recordes. Eu não vou mencioná-los, pois são muitos e esse post já ficou muito maior do que eu previa, então para quem quiser dar uma olhada, eu vou colocar os dois links para essas matérias no site da ATP. Recordes e Marcas da Década e Estatísticas da Década. Vale a pena, pois eles ajudam a mostrar e provar o enorme domínio que esses dois jogadores tiveram na última década.

Se alguém lembrar de algum jogador importante da década que ficou fora da lista, alguma rivalidade que vale a pena ser lembrada ou uma conquista que passou entre os dedos, comente e nos ajude a recordar!

Agora é esperar para ver quem serão grandes nomes nos próximos dez anos. Será que já os conhecemos ou serão jogadores que ainda estão por vir?

sábado, 26 de dezembro de 2009

Reforços de Peso!

O Play Tennis estará recebendo no início de 2010 dois reforços de peso para fazer parte do seu time de professores na unidade do Morumbi. Dois grandes conhecedores do esporte, apaixonados pelo tênis, de enorme competência e experiência.

O primeiro deles é Eloy de Souza. Aos 54 anos, Eloy foi considerado por Fernando Meligeni um dos melhores treinadores do país. Como jogador conquistou títulos estaduais, nacionais e internacionais, e atualmente é hepta campeão estadual na categoria acima de 50 anos. É treinador há mais de 30 anos. Treinou jogadores como Jaime Oncins, Marcelo Saliola, Willian Kyriakos, Julio Góes, Andrea Vieira e também Thomaz Bellucci no início da carreira. Foi eleito o melhor treinador da América do Sul em 1995, no Equador. Já participou de dezenas de cursos no Brasil e no exterior com grandes nomes do tênis internacional. Da mesma forma que participou, Eloy também foi palestrante em grandes seminários como o II e IV Simpósio Internacional de Tênis. Por mais de 20 anos foi diretor técnico da Wilton Tênis. Realizou mais de 200 clínicas infanto-juvenis, femininas, masculinas coorporativas por todo o Brasil ao lado de grandes nomes do tênis brasileiro.

O segundo grande reforço é Josué Lima. Também citado por Fininho como um dos melhores treinadores do Brasil, Josué tem quase 30 anos de experiência dentro das quadras, sendo que 19 deles passou na academia Wilton Tênis. É treinador cativo de muitas clínicas que são realizadas anualmente pelo Brasil como o projeto Riviera Summer Sports, Cartoon Network, encontro Sul América no Club Med, clínicas de férias do Club Med de Itaparica, além de participar de inaugurações de muitas quadras em condomínios, parques e clubes. É membro do registro Europeu de profissionais de ensino de tênis, por dez anos foi árbitro da ATP e ITF, e ainda atua como árbitro da Federação Paulista e da Confederação.

Gostaríamos de dar boas vindas aos dois, desejar muito sucesso e dizer que é um prazer tê-los conosco! Sintam-se em casa!

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Novos Equipamentos de Quadra - Parte 2!

Depois de mostrar a primeira leva de equipamentos adquiridos pelo Play Tennis para auxiliar o treinamento de quadra, vamos mostrar a segunda parte.

São três equipamentos que ajudarão professor e aluno a trabalhar aspectos específicos do jogo de cada um.


O primeiro equipamento é o "Cano/Elástico". Dois canos são entrelaçados na rede, no corredor de duplas e um elástico é esticado entre eles, elevando a altura da rede. O objetivo desse equipamento é fazer com que o jogador seja obrigado a passar a bola mais alta em relação à rede, buscando uma maior margem de segurança em seus golpes, evitando um dos erros mais comuns no jogo de tênis que é jogar a bola na rede.



O segundo equipamento é um pano escuro que é colocado sobre a rede em toda sua extensão. Esse pano impede que o jogador veja o outro lado da quadra. Com isso, ele não vê onde a bola está pingando do outro lado, logo o ajuda a ter em mente as dimensões da quadra, sem contar no principal objetivo que é trabalhar a lição mais importante do tênis, olhar a bola.



O último equipamento é o "Elástico". Esse pode ter inúmeras funções, desde aquecimento do corpo antes de um treino, passando por fortalecimento muscular e até mesmo com objetivos técnicos como correção e aprendizagem de movimentos.



Da mesma forma que os equipamentos anteriores, estes também possuem inúmeras possibilidades de exercícios. No vídeo abaixo demonstraremos alguns que podem ser feitos:



Participaram desse vídeo Glauco Pereira e Ivan Brito, obrigado!

Play Tennis Finals!

Final de ano é época de festas, reunir os amigos e confraternizar. Foi assim que oito alunos do professor Glauco Pereira finalizaram seus anos dentro da quadra. José Humberto, Luis Watanabe, Alfredo, Piero, Neto, Paulo de Tarso, Virgilio e Paulo Whitacker jogaram no dia 18 de Dezembro, no Play Tennis do Morumbi, o Play Tennis Finals, torneio nos mesmos moldes do ATP Finals, que reúne os oito melhores jogadores da ATP no ano.

Divididos e
m dois grupos de quatro jogadores, onde todos jogaram entre si dentro dos grupos, os jogadores com melhores saldos passaram para a próxima fase. Na final, José Humberto levou a melhor e venceu Luis Watanabe num set equilibrado, 7/6(4).
Fato curioso foi que Humberto, além de vencer o Play Tennis Finals, também finalizou o ano como primeiro do Ranking Play Tennis, assim como Guga fez em 2000 ao vencer o então Masters Cup e assumir a liderança do ranking da ATP naquele ano.

Foi uma sexta-feira deliciosa, onde todos se divertiram e uma excelente maneira de encerrar mais um ano de muito tênis.

Parabéns a todos os participantes.
2010 tem mais!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

15 Vezes Roger Federer

Em Julho desse ano escrevi um post em inglês sobre o 15o título de Grand Slam de Federer e uma comparação entre o suíço e Pete Sampras. Vou transcrevê-lo para o Blog do Play Tennis, afinal um feito como esse, merece ser debatido.

"Acho que a história de Federer em Grand Slams não começou apenas com seu primeiro título em 2003 no torneio de Wimbledon, mas sim dois anos antes, na mesma grama do All England Club, quando ele apareceu para o mundo após derrotar ninguém menos do que Pete Sampras, na quadra central, pela quarta rodada. Federer venceu 7/5 no quinto set. Aquele foi o único confronto entre os dois como profissionais.

Pouco sabia o mundo que aquele jovem tenista seria o jogador que anos mais tarde quebraria o recorde de títulos de Grand Slam do mesmo Sampras, novamente na grama de Wimbledon. Parece que tudo acontece naquele solo sagrado.

Depois de Wimbledon 2003, veio o Australian Open 2004, Wimbledon 2004, US Open 2004, Wimbledon 2005, US Open 2005, Australian Open 2006, Wimbledon 2006, US Open 2006, Australian Open 2007, Wimbledon 2007, US Open 2007, US Open 2008 e justamente no ano em que todos achavam que ele estava jogando "mal", frequentemente perdendo nas semifinais ou finais, ele conseguiu o Grand Slam que estava faltando em sua prateleira, Roland Garros 2009, no qual o deixou empatado com Sampras, ambos com 14 títulos. Algumas semanas depois, veio o troféu que para a maioria, encerraria a questão de quem é o melhor jogador da história.

Eu tenho minha opinião a respeito. Colocando números e estatísticas de lado, é realmente difícil dizer e não gosto de apontar o melhor, pois eles jogaram em épocas diferentes e enfrentaram adversários diferentes.

Acredito que Sampras enfrentou oponentes muito melhores durante seus anos como profissional. No começo de sua carreira, ele teve pela frente Boris Becker, Stephen Edberg e Ivan Lendl. Durante boa parte da carreira teve de enfrentar Andre Agassi, Michael Chang, Jim Courier, Goran Ivanisevic, Yevgeny Kafelnikov, Sergi Brugera, Thomas Muster, Richard Krajicek, Todd Martin, Patrick Rafter, Thomas Enqvist, Alex Corretja, Wayne Ferreira, Marcelo Rios, Gustavo Kuerten, Tim Henman, Marat Safin, Lleyton Hewitt, Juan Carlos Ferreiro, Carlos Moya, Petr Korda, Magnus Norman, e isso só para citar alguns. Sampras perdeu o posto de número 1 do mundo para dez jogadores diferentes da primeira vez que ele assumiu a posição, até sua aposentadoria. Até o momento Federer perdeu para apenas um, Rafael Nadal.

Quem são os oponentes de Federer realmente perigosos? Alguns dos jogadores que desafiaram Sampras ainda estão jogando, mas não mais no auge de suas capacidades, como Hewitt, Ferrero, Haas, Safin que se aposentou esse ano, Moya no começinho da carreira de Federer, e até mesmo Agassi que também já se aposentou. Uma vez que Federer subiu ao topo do ranking, o jogador que realmente o superou, foi Nadal. Alguns deram certo trabalho como David Nalbandian, Nikolay Davydenko, Ivan Ljubicic, Guillermo Coria que não durou muito, Fernando Gonzalez, David Ferrer, e mais recentemente Novak Djokovic, Andy Murray que tem um saldo positivo nos confrontos diretos contra Federer, 6-4, Juan Martin Del Potro que venceu as últimas duas, mas perdeu as seis primeiras, e talvez Andy Roddick que é um bom jogador, mas perdeu 19 de 21 jogos contra o suíço.

Então pergunto, como podemos comparar algo assim? O tênis de hoje, está realmente cheio de grandes nomes, jogadores excepcionais que serão lembrados tão bem quanto os que listei durante a carreira de Sampras? Ou será que Federer é realmente tão melhor que ele teria dominado o circuito mesmo jogando no período de Sampras?

Bem, acredito que ele seria fantástico em qualquer período que jogasse. Ele é talentoso, atlético, inteligente, tem todos os golpes (até mais completo tecnicamente do que Sampras), mas não creio que venceria 12 ou 11 torneios em um ano, não quebraria o recorde de Grand Slams com "tanta facilidade" como fez (Sampras levou 12 anos para ganhar seus 14 títulos, Federer o fez em metade do tempo) e também não seria número um do mundo por 237 semanas consecutivas como foi. Também acredito que se ambos tivessem jogado na mesma época, nem Sampras, nem Federer teriam 14 e 15 títulos de Grand Slam respectivamente, isso porque eles dividiriam esses títulos entre eles.

Com tudo isso dito, continuo achando que essas conquistas são fenomenais. Ele quebrou muitos recordes até o momento e têm mais alguns ainda por quebrar, mas mesmo que ele decida parar de jogar hoje, ele fez mais do que a maioria poderia sonhar. Quando Sampras se aposentou, nunca imaginei que o próximo grande jogador da história surgiria tão rapidamente.

Bom, vamos esperar e ver onde os números finais de Federer irão chegar e onde ele fixará a barra para que os futuros jogadores possam tentar superá-lo. Será que algum dia esses recordes serão quebrados? Quanto tempo irão durar? O de Sampras não durou muito, apenas sete anos.

Parabéns ao Federer. E em relação ao Sampras, digo que a realização de Federer de forma nenhuma tira o brilhantismo de sua carreira, pelo contrário, sua carreira é que fez com que a
carreira de Federer fosse ainda mais impressionante."

Aproveito que estamos falando disso para colocar um comercial feito pela Nike em celebração aos 15 títulos de Roger Federer.




terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Copa Nomminal chega ao fim no Play Tennis de Moema

Acabou nesse último final de semana a Copa Nomminal, torneio interno realizado no Play Tennis de Moema para alunos e convidados. Por mais de um mês, quase 200 jogadores suaram a camisa pelo troféu de campeão em uma das 13 categorias disputadas.

Em tardes e noites agradáveis aos finais de semanas, grandes jogos foram disputados, amizades foram feitas, risadas foram dadas, bem como momentos de nervoso após uma partida perdida, mas que logo passaram ao se juntarem ao clima festivo que havia no deck.

Assista abaixo um clip com fotos dos jogadores em ação:

Confira mais fotos do evento na galeria de fotos no site.

Lista dos Campeões e Vices:

Principiante Masc. até 35 anos: Marcos Suhai (c), Rafael Di Mitri (v)
Principiante Masc. acima 35 anos: Raul Abujamra (c), Rubens Neves (v)
Princ. Avançado Masc. até 35 anos: Juan Gemelli (c), Eduardo Curto (v)
Princ. Avançado Masc. acima 35 anos: Clóvis Kazuo (c), Marcos Hirata (v)
Intermediário até 35 anos: Christiano Gomes (c), Marcos Aoki (v)
Intermediário acima 35 anos: Edilson Ohara (c), Marcos Fernandes (v)
Avançado: Diego Morales (c), Gustavo Arribas (v)
Competição: Fabio Gonçalves (c), Alberto Chazan (v)
Juvenil: Paulo Curi (c), Eduardo Sterman (v)
Feminino A: Fernanda Zanini (c), Ruth Pupo (v)
Feminino B: Deise Souza (c), Camila Severo (v)
Duplas: Diego e Pina (c), Marcos e Eduardo (v)

Gostaria de agradecer a todos que participaram desse torneio, foi muito divertido estar com todos vocês nesse último um mês e meio. Agradeço também a Nomminal Seguros pelo patrocínio, a Anna Pegova, bem como a Companion pelo apoio. Parabéns ao Osni pela organização e a Marlene, braço direito do Osni!

Continuem treinando que em 2010 tem mais!

Os Melhores do Brasil São Premiados

Na última segunda-feira, dia 7, foi realizado em São Paulo a 1a edição do Prêmio Tênis. Idealizado pela Revista Tênis, em parceria com a CBT, o evento busca premiar os melhores do tênis no Brasil no ano de 2009. Eu e o Glauco estivemos lá para conferir!

A escolha dos vencedores das 23 categorias foi feito através de uma votação aberta na internet e por um grupo de jurados formados por Fernando Meligeni, José Nilton Dalcim, Fernando Sampaio, Chiquinho Leite Moreira, Régis Andaku e Dácio Campos.

O evento que foi transmitido ao vivo na Bandsports, teve como grande destaque, Thomaz Bellucci. Melhor brasileiro no ranking, conquistou seu primeiro torneio da ATP na Suíça, no torneio de Gstaad. Chegou ao final do ano na 36a colocação, sua melhor posição na carreira até o momento.

As categorias e os vencedores de cada uma delas foram:

Melhor Tenista Geral: Thomaz Bellucci; Melhor Tenista Masculino: Thomaz Bellucci; Melhor Tenista Feminino: Maria Fernanda Alves; Melhor Duplista Geral: Bruno Soares; Melhor Dupla Geral: André Sá e Marcelo Melo; Melhor Torneio ATP: Brasil Open; Melhor Torneio Challenger: Aberto de São Paulo; Melhor Torneio Future: Chesf Open - Recife; Melhor Torneio Exibição: Grand Champions Brasil; Melhor Torneio Juvenil Nacional: Semana Guga Kuerten; Melhor Torneio Juvenil Internacional: Copa Gerdau; Melhor Treinador: João Zwetsch; Melhor Tenista Juvenil Masculino: Guilherme Clezar; Melhor Tenista Juvenil - Feminino: Beatriz Maia; Melhor Tenista Senior Masculino: Roger Guedes; Melhor Tenista Senior Feminino: Patrícia Medrado; Melhor Tenista Cadeirante Geral: Carlos Santos; Melhor Narrador: Eusébio Resende; Melhor Comentarista: Dácio Campos; Melhor Colunista: Régis Andaku; Melhor Portal: UOL - Universo Online; Melhor Site: Tênisbrasil; Melhor Blog: Blog do Paulo Cleto.

Foram homenageados ainda os Correios, principal patrocinador da CBT, o grupo Gerdau pelos longos anos que ajuda promover o tênis com um dos principais e mais tradicionais torneios juvenis do país e a Odebrecht.

Foi um evento muito legal e uma iniciativa muito importante para homenagear aqueles que fazem o cenário do tênis nacional. Gostaria de parabenizar Christian Burgos, dono da Revista Tênis pela idéia e pela revista também, que está melhor a cada edição.

Que o tênis nacional continue a crescer e possamos ter cada vez mais concorrentes em cada categoria. Mais torneios de todos os níveis, mais atletas profissionais e juvenis se destacando, mais jornalistas cobrindo o esporte. Tem muito espaço ainda para o tênis e que esse tipo de incentivo seja cada vez mais frequente.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Guga e Larri no Na Estrada

Acabei de assistir na internet o quadro do Galvão Bueno no Esporte Espetacular, Na Estrada.

Dessa vez ele foi até Florianópolis encontrar com Gustavo Kuerten. Após um bate papo no escritório de Guga, onde foram mostrados troféus, camisetas e outras relíquias da carreira do tenista, eles se dirigiram à academia de Larri Passos em Camburiu. Lá eles lembraram de alguns momentos e se emocionaram ao contar histórias dessa jornada incrível que a dupla teve.



Vale a pena assistir!
Valeu Guga, valeu Larri! Vocês mais do que ninguém fazem falta no circuito!

Torneio Pro-Al Misto no Morumbi

No último mês, foi disputado no Play Tennis do Morumbi, um torneio Pro-Al Misto, com duplas formadas por um professor ou rebatedor e uma aluna.

Ao todo foram dez duplas onde todas jogaram entre si. As quatro duplas com melhor saldo de vitórias passavam para as semifinais. A dupla com melhor saldo enfrentava a quarta melhor e a segunda jogava contra a terceira. Todos os jogos foram disputados em sets profissionais até nove games.

Na sexta-feira dia 11 de novembro foi disputada a grande final. Martim e Paula enfrentaram Claudinho e Vera. Após uma partida muito disputada, Martim e Paula levaram a melhor vencendo por 9/7.

Mas o que vale é ver a integração das mulheres do Play Tennis do Morumbi. Cada vez mais novas integrantes entram nesse grupinho divertido. Além de torneios como esse, elas organizam comemorações de aniversário, participam de todas as clínicas femininas que são realizadas, fazem amigo secreto e sem contar que formam a torcida oficial do Xandy!

Parabéns meninas pelo torneio e obrigado pela presença de vocês na academia!
Veja mais fotos na galeria!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Resumo da Temporada 2009 da ATP

Mais uma temporada da ATP chegou ao fim. Não se passou nem três dias do último jogo do ano, na final da Copa Davis, e já estou sentindo falta! Ainda bem, para nós fãs, que as férias dos tenistas são muito curtas. Em menos de um mês, eles já estarão duelando novamente nas quadras espalhadas pelos quatro cantos do mundo. Mas nesse meio tempo, vamos rever o que aconteceu em 2009.

Ao longo do ano foram disputados 65 torneios (mais o ATP World Team Championship). Foram quatro Grand Slams, nove Masters 1000, onze ATP 500 e quarenta ATP 250, sendo 22 torneios em quadras rápidas, 21 no saibro, 13 em quadras indoor de carpete e seis na grama.

O jogador que mais venceu torneios foi Andy Murray com seis títulos. Rafael Nadal, Novak Djokovic e Nikolay Davydenko venceram cinco cada. Roger Federer vem logo atrás com quatro, seguido de Tsonga e Del Potro com três. Quatro jogadores possuem dois títulos e os outros 26 com apenas uma conquista. Ao todo foram 37 jogadores diferentes alcançando a glória de vencer um torneio da ATP, incluindo o brasileiro Thomaz Bellucci que venceu o torneio de Gstaad, na Suíça, após ter vindo do qualifying. Esse foi seu primeiro título da ATP.

O país que mais teve jogadores campeões na temporada foi a Espanha, com 13 conquistas; seguido da Rússia com sete; França e Grã-Bretanha com seis; Servia e EUA com cinco e Argentina e Suíça com quatro.

No início da temporada vimos um Rafael Nadal arrasador, mostrando o porque havia assumido o primeiro lugar no ranking em agosto do ano anterior. Após conquistar seu sexto Grand Slam no calor australiano, Nadal venceu nas quadras rápidas de Indian Wells e partiu para três títulos seguidos no saibro europeu, Monte Carlo, Barcelona e Roma. Mas Roma viria a ser o último torneio que Nadal ganharia no ano. Com uma derrota para Federer na final de Madrid, Nadal chegou a Roland Garros com a expectativa de vencer seu 5o título no saibro francês em cinco participações. Mas esse sonho foi frustrado pelo sueco Robin Soderling que o venceu na quarta rodada e provocou a maior zebra do ano. Com uma série de contusões, ele ficou de fora de Wimbledon e uma série de outros torneios na segunda metade do ano. Mesmo assim ainda conseguiu ir longe em grandes torneios como Masters 1000 do Canadá, Cincinatti e no US Open, onde perdeu na semifinal. Após nova parada, ele voltou a ir longe em Pequim, Xangai e Paris. Mas infelizmente seu ano ficou marcado para muitos pela péssima campanha que fez no ATP Finals em Londres, onde perdeu as três partidas da chave de grupos, não vencendo um set sequer. As pessoas esquecem rápido o início brilhante que teve e mesmo sem títulos no resto do ano, Nadal avançou nas chaves de praticamente todos os torneios. Está de parabéns e espero que ele consiga aguentar fisicamente o desgaste que seu estilo de jogo impõe sob seu corpo. É um grande jogador, um cavalheiro dentro e fora das quadras, um guerreiro!

Vimos Roger Federer ter um começo oposto de Nadal. Começou mais devagar, indo longe nas chaves, porém sem títulos até maio, quando venceu o torneio de Madrid justamente em cima do espanhol. Isso o deu confiança para que duas semanas depois pudesse vencer seu primeiro Roland Garros, aproveitando também a queda precoce de Nadal no torneio. Com isso, o suíço fez o que Pete Sampras por tantos anos tentou e não conseguiu. Após vencer todos os quatro Grand Slam, Federer foi em busca de outro recorde. Ao vencer Wimbledon , passou a ser o maior vencedor de torneios Grand Slams da história. Com 15 conquistas, ele deixou para trás Sampras, que esteve presente na quadra central do All England Club para prestigiar e passar o bastão. Com o posto de número 1 do mundo recuperado, Federer ganhou mais um título em Cincinnati, teve dois vices, sendo um deles a derrota para Del Potro na final do US Open. Um ano sem dúvida mais do que especial para Federer dentro e também fora das quadras com o nascimento de suas duas filhas.

Andy Murray, o jogador mais sem graça do circuito em minha opinião, também brilhou nesse ano. Com seis títulos, foi o maior vencedor do ano, porém continuou sem o esperado título de Grand Slam. Com um jogo burocrático, o britânico gosta de jogar no contra-ataque ou esperando o erro do adversário, raramente parte para o ataque ou busca as linhas. Com boa movimentação de perna e boa leitura dos golpes, Murray consegue belas jogadas, mas não é um jogador que me agrada muito. Muito se esperava dele no ATP Finals, que foi disputado em Londres. Mas ele decepcionou seus compatriotas e foi eliminado ainda na chave de grupos. Deve continuar evoluindo em 2010 e é um dos fortes candidatos a levar um dos quatro grandes torneios.

Novak Djokovic chegou a dez finais no ano, ganhando metade delas. Três de seus títulos vieram nos últimos dois meses do ano, o que o credenciou como favorito ao ATP Finals. A conquista mais expressiva foi o Masters 1000 de Paris. Quatro das finais que perdeu, foram em Masters 1000. Djokovic foi o jogador que mais venceu partidas no ano. Foram 78 vitórias e apenas 19 derrotas. Com tantos jogos assim, o sérvio precisa de um bom descanso, apesar de jovem ainda, a carreira dos tenistas é muito desgastante e é necessário pensar no longo prazo.

O argentino Juan Martin Del Potro que começou 2008 como 50o no ranking, e se consolidou em 2009 como um dos grandes nomes do circuito. Se mantendo entre os Top 10 durante todo ano, ele conquistou três torneios e provocou um das grandes surpresas da temporada. Derrotou o então penta campeão do US Open, Roger Federer, que ia em busca do sexto título seguido em Nova Iorque.

Outra excelente temporada foi disputada por Nikolay Davydenko. O russo tem sido um dos jogadores mais regulares do circuito nos últimos anos. Desde 2005 ele termina o ano entre os Top 10. Seu nome não é tão comentado talvez pela falta de grandes conquistas e de carisma. Mas esse ano ele conquistou aquele grande título que o faltava, o do ATP Finals. Tenho certeza que para ele ainda falta pelo menos um Grand Slam, mas ser campeão de um torneio onde apenas os oito melhores do mundo participam, é para pouquíssimos. Além desse, levantou o troféu em mais quatro oportunidades.

O último jogador que eu considero importante comentar individualmente é Robin Soderling. Considerado por muitos tão sem graça quanto Murray, Soderling teve uma temporada especial. O sueco está entre os 100 do mundo desde 2003, mas nunca teve grande destaque. Mas esse ano seus pesados golpes de fundo de quadra e sua cabeça entraram no lugar e ele surpreendeu. Seu grande momento foi ao se tornar o primeiro jogador a vencer Rafael Nadal em Roland Garros. Teve boas campanhas nos Grand Slams, perdendo em todos para Federer, com exceção do Australian Open. Ganhou apenas um torneio do ano, mas atualmente ocupa sua melhor posição no ranking, 8o.

Alguns jogadores tiveram boas temporadas, porém mornas demais para suas capacidades. Andy Roddick, Fernando Verdasco, David Ferrer, Tommy Haas, entre outros. Alguns jogadores ainda estão em fase de amadurecimento e consolidação como Tsonga, Monfils, Cilic e Simon. Outros ainda se mantém perto do topo, mas já estão em fase de declínio como Hewitt, Blake e Ferrero.

Como todo ano, há aqueles jogos que fazem história e serão lembrados por muitos anos. Vou colocar cinco deles que eu lembro, caso esteja esquecendo algum, por favor, comentem:

- Nadal x Verdasco na semifinal do Australian Open. Nadal venceu por 6/7 6/4 7/6 6/7 6/4. Foram um total de 5 horas e 23 minutos de jogo. Um jogo tão equilibrado que Nadal venceu 193 pontos no jogo, enquanto Verdasco venceu 192. Acesse o link e assista os melhores momentos da partida com jogadas magistrais de ambos os jogadores.

- Após a longa maratona contra Verdasco, Nadal entrou em quadra novamente para a grande final do Australian Open. Mal sabia ele que teria outra longa jornada antes de levantar seu primeiro troféu na Austrália. Mais um jogo decidido no quinto set, 7/5 3/6 7/6 3/6 6/2, em 4 horas e 38 minutos (se você gosta de tênis, assista os melhores momentos, vale muito à pena). Mas o mais interessante pra mim naquele jogo foi a cerimônia de premiação. Federer ao ser chamado para o discurso, simplesmente caiu nas lágrimas e não conseguiu falar. Após alguns minutos, conseguiu parabenizar Nadal, mas logo voltou ao choro, no qual permaneceu até o fim (assista a cerimônia). Muitos criticaram essa atitude. Mas eu achei um grande momento que mostrou que por trás desse gênio do esporte, muito frio nos momentos mais delicados de uma partida, há um ser humano, que por alguma razão estava fragilizado naquele instante. Penso que talvez a perda do posto de número 1 para Nadal e a impossibilidade de vencê-lo nos últimos cinco confrontos que tiveram (o que representava naquele momento um ano e cinco finais perdidos para o espanhol) o deixaram sem chão. A demonstração de carinho e fair-play de Nadal ao seu maior rival, fechou com chave de ouro essa grande partida e provou que o tênis não poderia estar melhor representado.

- Confesso que não assisti muito desse jogo, mas li a respeito, assisti os melhores momentos no Youtube e merece ser citado. Mais uma vez Rafael Nadal se envolveu numa longa batalha. Dessa vez foi contra Novak Djokovic no Masters 1000 de Madrid, valendo vaga para a final. Esse jogo entrou para a história como o mais longo jogo melhor de três sets da Era Aberta. Foram 4 horas e 3 minutos de jogo, com vitória de Nadal por 3/6 7/6 7/6. No jogo seguinte Nadal viria a perder para Federer que encerrou o longo jejum em cima de Nadal.

- No jogo que colocaria Federer de vez na história do tênis como maior vencedor de Grand Slams de todos os tempos, o suíço não teve vida fácil, e teve de suar muito contra o norte-americano Andy Roddick, que em minha opinião fez o melhor jogo de sua vida. Com uma tranquilidade surpreendente, Roddick quase acabou com o sonho de Federer. O jogo se prolongou por 4 horas e 26 minutos, só o quinto set durou 1 hora e 35 minutos. O jogo só não foi interrompido por falta de luz natural, pois o All England Club inaugurou esse ano o teto retrátil, que permitiu que o jogo continuasse com luz artificial. O placar final foi de 5/7 7/6 7/6 3/6 16/14 e Federer pode celebrar seu 15o título de Grand Slam e 6o em Wimbledon. Veja o vídeo.

- O último também envolveu Roger Federer, mas dessa vez a glória foi para outro jogador, o argentino Juan Martin Del Potro que surpreendeu o mundo com uma virada incrível e impediu que o suíço conquistasse seu 6o título seguido no US Open. Com o placar de 3/6 7/6 4/6 7/6 6/2 em 4 horas e 10 minutos de partida, Del Potro levantou seu primeiro troféu de Grand Slam. Veja algumas jogadas da partida.

Um fato curioso no ano aconteceu por duas vezes com Ivo Karlovic. Gigante de 2.08m de altura, ele bateu por duas vezes o recorde de aces em uma partida. Primeiro foi em Roland Garros contra Lleiton Hewitt quando sacou 55 serviços indefensáveis e ainda assim perdeu o jogo no quinto set. Meses depois ele bateu o próprio recorde no jogo mais longo da história da Copa Davis, 5 horas e 59 minutos contra o tcheco Radek Stepanek. O placar foi surreal 6/7 7/6 7/6 6/7 16/14. Advinha quem ganhou? Exato, Radek Stepanek. Parece que de nada adianta ter um grande saque, se o resto do jogo não acompanha. Quase ia esquecendo, Karlovic sacou nada mais, nada menos que 78 aces. Isso representa mais de 19 games, ou mais de três sets, só em aces. Ele terminou o ano com um total de 890 aces. Muito atrás de seu recorde pessoal de 1.318 e do recorde geral, que pertence ao também croata Goran Ivanisevic de 1.477 aces.

A jogada do ano pra mim, foi a passada que Roger Federer deu em Novak Djokovic na semifinal do US Open, de costas, por debaixo das pernas. Palavras não fazem jus ao que foi, por isso, clique aqui para assistir a jogada. Se você lembrar ou preferir outra jogada, comente e nos envie o link para o vídeo.

Um momento muito comum no futebol, mas que eu jamais havia visto no tênis foi a troca de camisas entre Djokovic e Davydenko após a partida durante o ATP Finals, onde Djokovic levou a melhor. Gostei bastante do gesto.

Outros dois fatos marcantes foram as aposentadorias de Marat Safin e Fabrice Santoro. Não vou comentar muito sobre isso, pois já escrevi dois posts a respeito. Mas com certeza ambos farão muita falta ao circuito.

Para encerrar, vamos conferir os dez jogadores que mais ganharam dinheiro em prêmios em 2009 e a posição final no ranking da ATP.

A lista de premiação tem: Roger Federer (US$8.7 milhões); Rafael Nadal (US$6.4 milhões); Novak Djokovic (US$5.4 milhões); Juan Martin Del Potro (US$4.7 milhões); Andy Murray (US$4.4 milhões); Nikolay Davydenko (US$3.6 milhões); Andy Roddick (US$2.4 milhões); Robin Soderling (US$2.3 milhões); Fernando Verdasco (US$1.9 milhões) e Jo-Wilfried Tsonga (US$1.8 milhões).

Já o ranking final de 2009 ficou assim: 1. Roger Federer; 2. Rafael Nadal; 3. Novak Djokovic; 4. Andy Murray; 5. Juan Martin Del Potro; 6. Nikolay Davydenko; 7. Andy Roddick; 8. Robin Soderling; 9. Fernando Verdasco; 10. Jo-Wilfried Tsonga.

Foi uma temporada incrível, recordes quebrados, jogos que entraram para história, pontos milagrosos, novos nomes aparecendo, antigos nomes se aposentando. Espero que 2010 o nível seja mantido e possamos apreciar ainda mais esse lindo esporte.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Mauresmo também se despede!

O tênis mundial ficou carente de mais uma estrela, mas dessa vez no circuito feminino. Após as aposentadorias de Safin e Santoro no circuito masculino, foi a vez de Amélie Mauresmo pendurar as raquetes.

A francesa de 30 anos, decidiu jogar tênis aos 4 anos ao ver pela TV Yannic Noah conquistar Roland Garros em 1983. Iniciou sua carreira profissional em 1993 jogando
pequenos torneios da ITF na França. Em 1998 começou a mostrar seu jogo no Aberto da Alemanha, quando furou o qualifying, derrotou Lindsey Davenport e Jana Novotina, ambas estavam entre as três melhores do ranking na época, antes de perder na final para Conchita Martinez. Mas ela realmente apareceu para o mundo em 1999, quando chegou a final do Australian Open perdendo para Martina Hingis na final. Nessa época Mauresmo era a 29a no ranking.

A partir dai ela foi crescendo e fixou seu nome como uma das melhores jogadoras do mundo. Com uma belíssima esquerda de uma mão, golpes potentes e jogo de rede muito superior as outras tenistas, Mauresmo terminou entre as 10 melhores no ranking de 1999 a 2006. Foi em 2004 que ela teve sua grande conquista até então, tornando-se a primeira tenista franc
esa (entre homens e mulheres) a liderar o ranking. Nem mesmo a mais famosa das tenistas francesas, Mary Pierce (dois títulos de Grand Slam e quatro vices), conseguiu tal façanha. Nesse ano ela permaneceu cinco semanas no topo e ainda conquistou a medalha de prata nas Olimpíadas de Atenas.

Mas o grande ano de Mauresmo ainda estava por vir. Em 2006 que ela conquistou seus
dois Grand Slams, Australian Open e Wimbledon, além de permanecer por mais 34 semanas na liderança do ranking da WTA. O ano seguinte foi marcado por cirurgias e contusões que a tiraram das quadras por alguns meses. Desde então seu rendimento começou a cair, bem como seu ranking. A idéia de parar foi crescendo e ao final de 2009, ela decidiu se retirar das quadras no momento em que ocupava a 21a posição no ranking da WTA.

Mauresmo declarou que para brilhar no circuito é necessário muito esforç
o e dedicação, mas que ela não queria mais ter essa dedicação. Disse também que estava cansada de treinar, mas que sentiria falta de tudo o que passou e que teve experiências maravilhosas. Diz-se também muito feliz e satisfeita com todas suas conquistas.

Durante sua carreira Amélie Mauresmo conquistou 25 títulos de simples e 3 de duplas. Além dos dois Grand Slams, ela também ganhou a Fed Cup (Copa Davis feminina) em 2003 e o Masters em 2005. Foram 545 vitórias e 227 derrotas. Embolsou em premiação US$15 milhões. Seu último título veio em Fevereiro desse ano em Paris onde venceu duas top 5, Elena Dementieva e Jelena Jankovic.

A França perde mais um ídolo e o tênis perde mais uma estrela! Parabéns Amélie por sua carreira! Aproveite sua aposentadoria!

domingo, 6 de dezembro de 2009

Espanha Campeã da Copa Davis 2009!

A principal competição entre países no tênis completou esse ano 109 anos. Mas nesses anos todos, a Espanha apareceu mesmo nos últimos nove. Em 2000 o país conquistou seu primeiro título. De lá pra cá foram mais três, em 2004, 2008 e 2009, sendo o maior vencedor da competição nessa década.

Em 2009, os países que disputaram o Grupo Mundial da Davis, principal divisão da competição, foram: Argentina, Holanda, France, Republica Checa, Estados Unidos, Suíça, Croácia, Chile, Israel, Suécia, Romênia, Rússia, Áustria, Alemanha, Servia e Espanha.

Para chegar ao quarto título, a Espanha venceu a Servia por 4x1; a Alemanha por 3x2, confronto esse que foi decidido apenas no quinto jogo com uma vitória de Juan Carlos Ferrero em cima de Andreas Beck; Israel por 4x1 e na final atropelou a República Checa por 5x0.

A Espanha conta com jogadores muito fortes, tendo atualmente 12 entre os 100 melhores do mundo. Durante a competição, a Espanha teve em quadra, Rafael Nadal, segundo do ranking; Fernando Verdasco, 9o; Tommy Robredo, 16o; David Ferrer, 17o; Juan Carlos Ferrero, 26o e Feliciano Lopez, 47o. As duas melhores performances no time espanhol esse ano foram de Ferrer e Nadal. O primeiro venceu as seis partidas que disputou e o segundo as quatro que disputou. Liderando esse time de feras está o capitão Albert Costa, que já foi 6o do mundo, possui 12 títulos como profissional, todos conquistados no saibro, entre eles Roland Garros em 2002.

A vice campeã República Checa é basicamente um time de dois jogadores apenas. Radek Stepanek e Tomas Berdych. Apesar dos seus 31 anos, Stepanek ainda está em grande forma, ocupa o 12o lugar no ranking e teve uma boa temporada. Ele colocou toda sua experiência ao lado da juventude de Berdych, de 24 anos e atual 20o do ranking para chegar a final. A Republica Checa possui apenas um título, em 1980, quando ainda jogava como Tchecoslováquia.

A grande surpresa desse ano foi o time de Israel. Sem contar com nenhum jogador de expressão, chegou às semifinais eliminando a Suécia na primeira rodada e a Rússia na segunda. Dudi Sela é atualmente o mais bem colocado no ranking de simples em 43o. Depois vem Harel Levy apenas em 119o. Já nas duplas, Israel tem a experiência de Andy Ram, atual 9o colocado no ranking de duplas. Mas mesmo assim isso não justificaria essa tremenda campanha. De qualquer forma estão de parabéns.

A Suíça que conta com dois grandes jogadores, Roger Federer e Stanislas Wawrinka, atuais 1o e 21o do ranking respectivamente, não passaram da primeira rodada, perdendo para os EUA. Mas isso porque Federer foi desfalque e deixou a responsabilidade para Wawrinka, que até venceu o primeiro jogo contra James Blake, e poderia ter levado o confronto para o quinto jogo se tivesse derrotado Andy Roddick na quarta partida.

O Brasil esteve mais uma vez próximo de voltar ao Grupo Mundial, para isso teria de vencer o Equador nos playoffs do Grupo Mundial, mas infelizmente foi derrotado pelos irmãos Nicolas e Giovanni Lapentti, 4x1 foi o resultado final do confronto. Com isso, o Brasil não vai a principal divisão da Copa Davis desde 2003. Esse é o quarto ano seguido que o Brasil bate na trave e perde nos playoffs. O melhor resultado do país até hoje foram duas semifinais, uma em 1992, onde foi eliminado pela Suíça e outra em 2000, quando perdeu para Austrália.

Parabéns a Espanha pelo título! E que a conquista também tenha servido para recuperar a confiança de Nadal e Verdasco que saíram abalados do ATP Finals após a péssima campanha de ambos.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Sharapova Treina no Play Tennis

Dia 04.12.09 é uma data que vai ficar marcada na história do Play Tennis. Afinal de contas, não é todo dia que recebemos uma tenista ex-número 1 do ranking, musa do tênis feminino e uma das atletas mais famosas do mundo.

Pois é, hoje tivemos o privilégio de receber a russa Maria Sharapova, no Play Tennis do Itaim. Sharapova está no Brasil para uma partida de exibição, que acontecerá amanhã em Porto Feliz, na Fazenda Boa Vista, para apenas 800 convidados da organização.

Sharapova chegou para treinar acompanhada da tenista argentina Gisela Dulko, que será sua adversária na partida exibição. Foi Dulko quem eliminou Sharapova do torneio de Wimbledon desse ano. No entanto, no total de confrontos, Sharapova lidera 2-1. Elas bateram bola por aproximadamente uma hora e meia. Trocaram bolas de fundo de quadra, treinaram voleio e smash, saque e devolução e fizeram alguns pontinhos. Um treino básico, mas que mostrou o talento, a facilidade, potência de bola de ambas as tenistas e a intensidade com que elas jogam. Raramente víamos bolas pegando fora do centro da raquete, a cada batida dava para perceber o som limpo da bolinha batendo corretamente nas cordas.

Cercadas de um forte aparato de segurança, as tenistas entraram e saíram sem falar com ninguém. As pessoas que estavam no local, esperaram por uma oportunidade de pegar autógrafos e tirar fotos com as tenistas, mas nada conseguiram.

Sharapova, de 22 anos, profissional desde 2001, no momento é a número 14 do mundo. Sua atual posição no ranking se deve a uma lesão no ombro que a tirou das quadras de agosto de 2008 a março desse ano. A russa possui três Grand Slams no currículo: Wimbledon em 2004, US Open em 2006 e Australian Open em 2008. Ganhou também o WTA Championships, onde apenas as oito melhores tenistas do ano participam. Além de outros 16 títulos e US$13 milhões em prêmios. Sharapova assumiu a primeira posição no ranking pela primeira vez em agosto de 2005. A última vez que esteve lá foi em junho de 2008. No total, permaneceu 17 semanas na liderança. Foi a primeira russa a atingir essa colocação.

Já sua adversária na exibição não possui o mesmo histórico. Gisela Dulko, de 24 anos, conquistou "apenas" três títulos de simples na carreira e oito de duplas. Profissional desde 2001, atingiu sua melhor posição no ranking em 2005 quando chegou ao 26o lugar. Atualmente é a 37a. Assim como Sharapova, a beleza Dulko também faz sucesso fora das quadras. A argentina atraiu a atenção de vários tenistas. Dulko namorou Tommy Robredo, Fernando Verdasco e Fernando Gonzalez.

Foi uma oportunidade incrível, tenho certeza que todos que estavam lá hoje vão se lembrar desse dia e contarão essa história. Quem será o próximo número 1 a pisar nas quadras do Play Tennis?

Para ver mais fotos do treino clique aqui!