domingo, 25 de abril de 2010

Histórias dos Tinoco!

Há pouco mais de um mês, lembramos da longa história de Garrafa no Play Tennis. Hoje lembraremos das histórias de outro antigo membro da família Play Tennis, Sidney Tinoco.

Tinoco, como é mais conhecido, chegou ao Play Tennis de Moema entre 84 e 85. Passou na mão de "inúmeros mestres", como ele os chama. Só para citar alguns, Cesar Pestana, Cícero, Sergio Acunã, Marcos Matar, Osni, Fabinho, Frank e Glauco. Alguns desses já se foram há muito tempo, mas muitos ainda estão conosco.

Tinoco também se dividia entre o tênis e o squash, no qual tinha aulas com o Nestor. Ele recorda das partidas memoráveis que teve, especialmente nas duplas. Muitas foram as vezes que se juntava à turma do Garrafa para partidas de squash.

Seu carinho e prazer em estar na academia eram tão grandes que às sextas-feiras, Tinoco chegava ao meia dia e sai apenas à noite. Tirando o café da manhã, todas as outras refeições eram feitas na Imarés, obviamente sempre intercaladas com partidas de tênis e/ou squash.

Foram justamente esses sentimentos que o fizeram a levar seus filhos Felipe e Gabriel para a prática do tênis. Ambos passaram por vários dos professores citados acima. Abaixo estão algumas histórias contadas nas palavras do próprio Tinoco:

"O Felipe não deixa passar batido as boas lembranças da época das clínicas e do patrocínio da Rainha e da M2000. Da busca pelo banquinho de madeira na cor verde que ficava no corredor que levava aos fundos dos vestiários e que era o local mais legal para assistir os jogos da quadra 2. Das empadas deliciosas da Cantina e do Frank sendo jogado o tempo todo dentro da piscina."

"O Gabriel também não deixa de recordar todos os detalhes da Imarés, não dá para escrever, pois são muitos. Não posso e não devo contar as traquinagens em relação as bolas velhas e os vidros da então fábrica abandonada que posteriormente virou agência de veículos, atrás das quadras. O Gabriel rememora que sentado no banco ao lado da quadra 02 dava para ver o escritório do Cesar. Em cima do armário uma enorme coleção de latas de bola de tênis. Destaque para o modelo preto da PZM. Latas que, em quadra, serviam como garrafas de água."

Tinoco não só participou e venceu inúmeros torneios realizados no Play Tennis, como também os patrocinou através do Grupo Muralha, empresa de segurança e serviços. Ele guarda até hoje as camisetas dos torneios Pro-Al em que participou e patrocinou.

Mas sua história não está ligada apenas ao Play Tennis de Moema. Tinoco também jogou no Play Tennis de Alphaville com Glauco Pereira e posteriormente o seguiu ao Play Tennis do Morumbi. Agora que Glauco saiu das quadras para cuidar da coordenação técnica da rede, Tinoco está jogando no Play Tennis do Brooklin.

Toda essa paixão de Tinoco e seus filhos de vez em quando vem acompanhada da seguinte frase de sua esposa/mãe: "existem outras coisas além do tênis". Ela tem razão, mas é maravilhoso ter uma família, como a família Tinoco fazendo parte e escrevendo a história do Play Tennis. Obrigado por compartilhá-las conosco. Espero que daqui alguns anos tenhamos muitas mais para contar.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Como Funciona o "Hawk Eye"?!

O tênis é um esporte muito tradicional e dificilmente suas regras são alteradas. Quando há a menção de mudar alguma coisa, é comum que isso passe por bastante debate e as opiniões com certeza serão das mais diversas.

Uma das mudanças recentes foi a introdução do "desafio" através uso do "Hawk Eye" ou "Olhos de Falcão". A regra é simples. Cada jogador tem direito a desafiar a marcação dos juízes três vezes por set. Se o jogador estiver correto, ele mantém o número de desafios que possuí. Se o jogador estiver errado, ele perde aquele desafio. Em caso de tie-break, o jogador ganha um desafio extra.

O vídeo abaixo mostra um pouco como o Hawk Eye funciona.



No momento essa é uma tecnologia cara, não permitindo que torneios pequenos possam fazer uso e nem que seja colocado em todas as quadras de um torneio grande. Logo, apenas as quadras principais, ou apenas a central dependendo do torneio, faz uso desse recurso. Jogadores top como Federer e Nadal que só jogam em quadras importantes, provavelmente jamais jogarão sem o desafio. Já os outros continuam tendo que confiar nos juízes de linha. O vídeo abaixo mostra o que os juízes de linha acharam dessa nova tecnologia.



Agora com a chegada da temporada de saibro, o Hawk Eye ficará um pouco esquecido, uma vez que em jogos no saibro não há desafios, já que a marca da bola fica estampada na quadra.

O Hawk Eye é sem dúvida uma ferramenta muito útil e interessante, pode ajudar a corrigir marcações duvidosas em momentos cruciais de uma partida e transformar todo o andamento de um jogo. Pergunto-me se um dia essa tecnologia ficará tão avançada a ponto de não ser mais necessário a participação dos juízes de linha?

domingo, 11 de abril de 2010

Lutar ou abandonar?

Nessa semana um fato bizarro aconteceu no ATP 250 de Houston. O argentino Eduardo Schwank foi multado em US$1 mil por não se esforçar na partida diante seu compatriota Juan Ignacio Chela.

Schwank abusou das deixadinhas e lobs evitando as trocas de bola de fundo de quadra. Após a partida o argentino alegou que estava com dores nas costas e não conseguia bater de fundo, por isso optou por encurtar os pontos com golpes que não o incomodariam tanto.

O livro de regras da ATP permite que a entidade multe jogadores que não se esforçarem em quadra.

Considerando que realmente Schwank estava machucado, o que é melhor, o jogador simplesmente abandonar a partida ou lutar pela vitória com as armas que tem? Há muitos casos de jogadores machucados que vão até o fim buscando aquela vitória heróica que entrará para a história. Alguns deles até alegam que não gostam de abandonar a partida, pois consideram falta de respeito com o público. Outros dizem que é melhor abandonar para não agravar a contusão, o que faz todo o sentido.

Enfim, o que vocês acham mais correto? É possível a ATP fazer esse julgamento? Abandonar ou lutar até o fim?

terça-feira, 6 de abril de 2010

Bolão de Saibro!

Depois de dois torneios na quadra rápida, o circuito se volta para o saibro europeu. Se já foi difícil dar palpites em Indian Wells e Miami, imagina agora com essa troca de superfícies.

Os dois primeiros Masters 1000 do ano trouxeram muitas dificuldades para os palpiteiros do Bolão da ATP (Draw Challenge). Muitas foram as surpresas que nos deixaram sem nossos favoritos para as rodadas finais.

Se deram bem os que arriscaram. Como foi o caso do Grisi que disparou na liderança do grupo do Play Tennis nas duas últimas rodadas, uma vez que colocou Roddick como campeão de Miami. A maioria havia apostado em Nadal e Federer na final. Grisi que não participou de Indian Wells terminou Miami com 130 pontos ficando em 883o lugar. O primeiro colocado geral em Miami fez 173 pontos, muito mais que os 130 do campeão em Indian Wells.

CrisPlayTennis também é destaque. Além de ter feito 115 pontos em Miami, ele agora soma 191 pontos no geral do circuito e está rondando entre os 1.200 primeiros colocados. O que é excelente considerando que até o momento temos mais de 20 mil participantes.

O grupo do Play Tennis cresceu para 20 participantes. Mais uma vez todos que entraram estão adorando e se divertindo muito. Assistir os torneios ganha um novo sentido.

Essa semana estamos de folga, mas ela dura apenas até sábado, dia 10, quando a chave para o Masters 1000 de Monte Carlo será liberada para os palpites. Será que Nadal está realmente bom do joelho e vai se manter como Rei do Saibro? Será que Roddick, Berdych, Soderling irão manter o mesmo bom desempenho das quadras rápidas?

Inscreva-se no Site Oficial do Draw Challenge e dê seus palpites. Se tiver alguma dúvida de como funciona, veja matéria "Bolão da ATP", onde possui todas as informações básicas de como participar.

O Poder da Transformação!

O segundo Masters 1000 da temporada, realizado semana passada em Miami teve suas surpresas, mas me parece que seguiu um curso um pouco mais normal do que Indian Wells.

Hoje não falarei de Federer, Nadal, Murray ou Djokovic. As luzes ficaram apenas naquele que tem sido o destacado da temporada.

Eu confesso que nunca fui grande fã de Andy Roddick. Talvez minha bronca venha desde o tempo em que ele estreou no profissional. Quem lembra daquele Roddick marrento, brigão, chato, reclamão, nojentinho, mal educado? Eu lembro bem, e muitas vezes culpava seu técnico na época (acho que o nome dele era Tarik Benhabiles) por quem eu também compartilhava os mesmos sentimentos ao ver suas atitudes no players box durante as partidas.

Por anos sempre torci contra o americano, até que minha percepção começou a mudar na final de Wimbledon ano passado, quando ele fez aquela memorável partida contra Federer. Ali ele mostrou amadurecimento, não só como jogador, mas como pessoa. Durante toda a partida ele foi um gentleman, um guerreiro educado.

Assistindo algumas de suas partidas esse ano, pudemos notar que ele é um jogador diferente. O seu sempre potente saque se tornou mais colocado, mais eficiente. Seus golpes de fundo não saem todos a 300km/h, sem direção e objetivo como antigamente. Roddick está mais paciente, sabe trocar bola, colocá-la na quadra, angular e abrir espaço. No jogo contra Nadal, achei Andy paciente demais, demorou a tomar ação no jogo, mas uma hora ele percebeu, e teve recursos para mudar e virar a partida. Roddick sempre foi um bom jogador, não é a toa que chegou a #1 do mundo, mas agora me parece que ele está mais consciente. Ele possui mais recursos e sabe como usá-los.

O resultado dessa evolução está sendo mostrado a cada torneio. Andy é o jogador mais consistente do ano. Conquistou dois títulos (Brisbane e Miami), chegou a duas finais (San Jose e Indian Wells) e a duas quartas de final (Australian Open e Memphis). Ele venceu 26 partidas e perdeu apenas quatro.

Agora entraremos na temporada de quadras de saibro. Roddick possui alguns títulos pequenos da terra batida, mas acredito que com esse novo leque de opções, ele possa vir a conquistar torneios de mais destaque nesse piso.

Nunca imaginei que ficaria feliz em ver Andy Roddick vencendo um torneio. Parabéns Andy, merecido!