quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Brasil Open 2013

O Brasil Open acabou de ser realizado pela segunda vez no Ginásio do Ibirapuera. Dessa vez o evento contou com a presença do Grande Rafael Nadal, um ídolo não só do tênis, mas também do esporte mundial. Quero falar um pouco dele antes de abordar outros temas.
Nadal levanta troféu do Brasil Open 2013

Ter um ídolo como ele é fantástico, é muito importante para o esporte, para os fãs, e para o tênis brasileiro. Vi muitos fãs emocionados, chorando pra valer, compulsivamente, por conseguirem um autógrafo... e não estou falando apenas de crianças, pessoas adultas também. Nesse ponto a organização está de Parabéns, por conseguir viabilizar a vinda de um grande astro.

Conversei com algumas pessoas que atuam nos bastidores, e todos foram unânimes em dizer que o Touro é tímido, reservado, diferente do Federer que vive com aquele sorriso maroto no rosto, mas é muito consciente da sua responsabilidade com o público que o prestigia, pagando caro muitas vezes e dá atenção à todos. No jogo de 6f, ele ficou quase 20 minutos dando autógrafos após fazer um jogo duríssimo.

Em relação ao seu jogo, ainda está muito abaixo do seu nível. É nítido a sua insegurança. Muitas duplas faltas com o 2° saque na rede, o que demonstra falta de confiança. Também muitos erros de devolução, sinônimo de falta de jogo. Há também uma certa dificuldade em se deslocar, na minha opinião ainda manca um pouco em determinados momentos e não corre em todas as bolas, talvez por receio de quadra.

Mesmo assim, falar que ele joga muito é chover no molhado. Em alguns lances, mostra toda sua genialidade. Alguns pontos me chamaram a atenção: seu foco, concentração, seriedade, o que é um ATP 250 para ele? Mesmo retornando, esse não é de perto seu nível de torneio, e ele joga com uma determinação impressionante, suas qualidades mentais me fazem dizer que se não fosse suas lesões, estaria brigando com Federer pelo número de Majors.

Já que falei do Federer, comparando ambos, minha opinião é que tecnicamente não á comparação, mas como o jogo envolve muitos aspectos alem dos golpes, está 18 x 10 Nadal nos confrontos diretos.
Bruno Soares campeão

Suas manias também são muito engraçadas, decorei sua sequência no saque, se alguém tiver curiosidade, quando  me encontrar no Play Tennis, demonstro, rsrs...

Mudando um pouco de assunto... sobre os brasileiros e quero parabenizar o Bruno Soares, está jogando muito! E tem toda a razão em reclamar por jogar pouco na quadra central. 

Sobre o Bellucci... vamos lá, serei honesto e franco... ele é um jovem que faz tudo certo: treina sério, não sai nas baladas, não bebe, merece os resultados que tem, tem muita bola, é capaz de ganhar de qualquer um no circuito e é respeitado pelos jogadores por essas qualidades. Torço por ele também, e muito. Vivo do Tênis e não sou hipócrita, para o meu negócio é excelente que ele vá bem, lembremos o fenômeno Guga! Porém, ele não faz (independente de ser tímido) muita questão de ser simpático com o público, não joga junto com a torcida e quando acaba o jogo, simplesmente acena e vai embora. Já presenciei jogos que a torcida “tirou” o adversário do jogo com tanta bagunça nas arquibancadas. Carisma? Ele não tem e não se compra na esquina ou numa consulta, mas uma série de ações a decisões podem trazer a torcida para o seu lado. Hoje em dia ninguém é bobo, todos vêem todos jogando o tempo todo nos melhores torneios do mundo e óbvio que a cobrança aqui é maior. Para se ter uma idéia, eu pedi “4 vezes” à ele uma camisa de treino para guardar como recordação em dias que ele foi treinar no Play Tennis - a última vez ele estava no vestiário com ela encharcada e já havia treinado, eu ganhei? Não!!! O que é isso? Timidez? Falta de orientação? Só para comparar, fazendo um evento com o Meligeni, ao pedir, ganhei na hora!!

Espero que ele e seu staff, achem uma saída, porque ver um tenista brasileiro ser vaiado dentro do Brasil, um tenista que ao contrário de muitos, faz tudo certinho fora da quadra, incomoda muito.

Finalizando, sobre a estrutura, o que me chamou a atenção foi o fato de que do ano passado para esse, não ter melhorado nada! Ao contrário, com a presença do Nadal, nitidamente houve super lotação, na final, imagino que tinham mil pessoas a mais, todos em pé e sentados nas escadas, e se acontece algo? Por onde todos sairiam? Precisa morrer alguém para se tomar alguma providência? Esse é o país que vivemos.

Não deixarei de ir, mas precisa melhorar urgentemente.

Para os jogadores, dois grandes problemas: a bola que é nova no mercado, reconhecidamente com menos feltro, com isso ela literalmente “voava” dentro da quadra - para um leigo isso pode parecer bobagem e surgem comentários do tipo “a bola é ruim para os dois” - mas o fato é que os profissionais não jogam com esse perfil de bola, então fica muito difícil controlar. Sobre a quadra, ela foi feita muito próxima da data do evento e a camada de saibro foi de apenas 5 cm, como não teve tempo de ser compactada - já que uma quadra de saibro leva de 6 meses a 1 ano para ficar em ótimo estado - todos vimos o que aconteceu, será que os grandes jogadores retornam o ano que vem?
Presenteados com a bola autografada por Nadal
Mais uma vez, torço para que o Brasil Open de 2014 seja um sucesso, mas tem que melhorar, que os organizadores e o poder público se unam, derrubem a burocracia e façam um evento digno do público que o prestigia!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Play+Stay


Faz alguns anos que a ITF, Federação internacional de Tênis, preocupada em sincronizar seus métodos de ensino com o mundo moderno e suas exigências, criou o Play and Stay. Atualmente, as pessoas querem aprender de forma dinâmica, rápida e divertida. Ninguém quer mais ficar num primeiro momento, horas preocupado em excesso com a técnica, ou com a forma mais correta de executar um golpe. Isso torna o treinamento mais repetitivo ou cansativo.

Portanto, a base do Play and Stay é : jogue, troque bolas e pontue! Desde a primeira aula!

Você irá aprender corretamente durante os jogos, a técnica através da tática.

Um fator determinante que diferencia o Play and Stay de uma aula convencional, é a utilização de material específico: as quadras são menores, adaptadas para que o aluno tenha uma boa percepção de espaço desde o início, e as bolas são mais leves. Trabalha-se hoje com 4 níveis diferentes de bola, isso ajuda muito na evolução. A bola mais lenta, dá mais tempo para bater e invariavelmente está na linha da cintura, além de menor risco de lesões.

As aulas em grupo também ajudam muito. Em todo o mundo, as aulas, em sua grande maioria, são em grupo. O Brasil é uma exceção, onde a cultura da aula individual ainda persiste em muitos lugares, mas devagarzinho isso começa a mudar.



Vantagens da aula em grupo: mais divertida; você joga com seus parceiros desde a primeira aula; faz uma avaliação real do seu jogo, afinal, você tem ao seu lado pessoas com as mesmas facilidades e dificuldades; faz novas amizades e já tem parceiros. Isso no Play Tennis é uma grande vantagem, pois você pode utilizar as quadras livres em horários determinados, também é mais barata, uma vez que o preço é diluído por 4 pessoas.

Finalizando, gostaria de dizer que o tênis é um esporte maravilhoso, saudável, sem contato, o que evita lesões, socialmente muito bom, fácil de aprender e para a vida toda! É enorme a quantidade de alunos que começaram conosco já adultos, muitos sem bagagem esportiva e hoje jogam muito bem, então, fica a mensagem: venha jogar e se divertir com a gente!