segunda-feira, 10 de maio de 2010

Passeio na Davis

Fazia muitos anos que eu não ia a um confronto da Davis. Estou tentando me lembrar e se não me engano o último foi entre Brasil e Áustria em 96, onde houve toda aquela confusão com Thomas Muster. Lembram? Faz tempo mesmo hein?!

Brasil e Uruguai que aconteceu no último final de semana com certeza não foi um confronto tão disputado, intenso e turbulento. Muito pelo contrário, a fraca equipe Uruguaia, veio para o Brasil sem seu principal jogador, Pablo Cuevas, e trouxe a impressão de que estavam aqui apenas para cumprir tabela. Apenas uma tragédia apocalíptica poderia tirar essa vitória do Brasil.

O Uruguai possui apenas cinco jogadores no ranking da ATP. Pablo Cuevas, número 57, resolveu jogar o ATP 250 de Estoril e deixou a bomba para Marcel Felder, 267o do ranking, seu irmão Martin Cuevas, 853o do ranking e Ariel Behar, apenas 1131o.

Além de contar com Thomaz Bellucci, o Brasil ainda teve Marcos Daniel na simples e a forte dupla Marcelo Melo e Bruno Soares. Os jogos foram tranquilos, sem sustos e também sem grande beleza. O público compareceu à bela Bauru e agitou as arquibancadas.

Agora, o Brasil aguarda para saber qual será seu adversário nos Playoffs (repescagem) para o Grupo Mundial. As opções são: Suíça, Israel, Equador, EUA, Alemanha, Suécia, Austrália ou Índia.

Contra a Suíça, o confronto seria disputado no Brasil. Nessa situação, saltam aos olhos a possibilidade de ter Roger Federer jogando em terras tupiniquins, o que seria maravilhoso para o público, mas não muito em termos de resultado. Afinal, além de Federer, a Suíça possui Stanislas Wawrinka.

No caso de Israel iriamos para o sorteio para definir a sede. O Brasil teria boas chances de vencê-los independente do lugar.

Todos os outros confrontos seriam em terras estrangeiras. A verdade é que nenhum dos adversário brasileiros passa por um excelente momento. Equador seria a melhor opção apesar da derrota no ano passado. Alemanha já não é a potência de outrora, apenas de possuir nove jogadores entre os 100 melhores do mundo. A Suécia conta apenas com Robin Soderling, mas é um jogador forte o suficiente para carregar um time. A Austrália, 2a maior vencedora de títulos da Davis, conta principalmente com o já decadente, porém ainda perigoso Hewitt. A Índia não possui nenhum jogador entre os 100 do mundo, mas conta com uma dupla fortíssima. O EUA é possivelmente o adversário mais complicado. Além de Andy Roddick, possui Sam Querrey e John Isner que estão em forte ascensão.

A questão é que contra todos esses adversários teríamos que contar com as vitórias de Bellucci e com uma bela atuação de Melo e Soares nas duplas. Outro problema é que nos confrontos fora do Brasil o piso escolhido, dificilmente será o saibro.

A tarefa é complicada, porém não impossível. O próximo confronto acontece apenas em Setembro. Até lá Bellucci estará ainda mais experiente, terá jogado mais jogos contra grandes nomes, em grandes torneios e estará mais acostumado com a pressão. A dupla Melo e Soares estará mais entrosada. Acredito que podemos surpreender.

4o ENCONTRO NACIONAL DE TÊNIS

Durante a Copa Davis em Bauru, a CBT promoveu mais uma capacitação para profissionais da área, principalmente treinadores. O excelente trabalho que vem sendo feito por Cesar Kist e toda a equipe da capacitação reuniu inúmeros treinadores antes e após os jogos da Davis. Ao todo foram 12 palestras que trataram dos mais diversos assuntos, desde assuntos técnicos até administrativos.

Oito pessoas do Play Tennis estiveram presentes. Glauco, Adriano, Alann, Martim, Douglas, Daniel, Fabinho e eu.

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