domingo, 16 de maio de 2010

Show do Passado!

Ontem fui presenteado pelo Giba com dois ingressos para o terceiro dia do Grand Champions Brasil, 5a etapa do circuito de veteranos da ATP. Uma excelente surpresa que me proporcionou assistir de perto grandes nomes do tênis do passado.

São Paulo recebe uma etapa do circuito desde 2007. O torneio já foi vencido por Sergi Bruguera, Pete Sampras e Thomas Enqvist. Esse ano contou com a participação de Yevgeny Kafelnikov, Thomas Enqvist, Wayne Ferreira, Guy Forget, Paul Haarhius e o brasileiro Jaime Oncins.

No primeiro jogo da noite tivemos Enqvist contra Ferreira. O jogo teve muitos erros não forçados, mas com direito a pontos que mostram o porque os dois estiveram entre os 10 melhores do mundo. Enqvist, sueco de 36 anos chegou a ser o 4o do mundo, conquistou 19 títulos de simples, entre eles os Masters 1000 de Paris, Stuttgart e Cincinnati (na época ainda era chamado Masters Series). Enqvist ainda foi finalista no Australian Open em 1999 quando perdeu justamente para seu companheiro de torneio Yevgeny Kafelnikov. Já o sul africano Wayne Ferreira alcançou a 6a posição no ranking e venceu 15 torneios, sendo dois Masters 1000 (Stuttgart e Canada).

O segundo jogo foi mais interessante, mais disputado e com menos erros. Chamou atenção também por três outros fatores. O incrível slice de Guy Forget, o mais bonito, baixo e veloz que já vi ao vivo. O forehand de Kafelnikov, o mais feio que já vi e que me deixou perguntando como ele consegue bater daquela forma, especialmente bolas baixas. E por último, o tamanho do russo. Ele é o Ronaldo do tênis, deve ter comido uns 20 tubos de bola. Na revista oficial do torneio diz que ele está com 84kg. Esse peso ele deve ter da cintura pra cima.

Mas brincadeiras a parte, foi fenomenal ver o russo jogar. Ele foi número 1 do mundo por seis semanas em 1999, numa época em que disputava com ninguém menos que Pete Sampras, Andre Agassi, Patrick Rafter e companhia. Dono de 26 títulos de simples e 27 de duplas, Kafelnikov tem dois Grand Slam currículo, Roland Garros em 1996 e o Australian Open em 1999. E foi na Austrália que ele conquistou no ano seguinte as Olimpíadas de Sidney. O russo travou grandes batalhas com Gustavo Kuerten. Foram 12 jogos, com sete vitórias do brasileiro. Curiosamente, nos três títulos de Guga em Rolando Garros, Kafelnikov esteve na chave do brasileiro em todas e perdeu as três vezes nas quartas de final. Era o talismã do Guga em Paris.

Guy Forget, o mais velho da turma com 45 anos, mas talvez o mais em forma. O francês, nascido no Marrocos, chegou a ser 4o do ranking, conquistou 11 títulos de simples e 28 de duplas. Seu melhor ano foi em 1991 quando conquistou seis títulos, entre ele os Masters 1000 de Paris e Cincinnati.

Gostaria de ter assistido esses jogadores em ação nos grandes torneios, no auge de suas carreiras, mas ainda vale a pena. Tenho certeza que todos que compareceram ao WTC ontem saíram do torneio com vontade de ir para quadra.

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