domingo, 27 de dezembro de 2009

Melhores da Década na ATP

O site da ATP divulgou nesse final de ano uma série de reportagens sobre a década que está se encerrando no tênis profissional. Matérias muito interessantes trouxeram os melhores jogadores, as maiores rivalidades, jogadores que bateram na porta de uma grande conquista mas a deixaram escapar, recordes e estatísticas! Vou colocar alguns desses destaques para lembrarmos um pouco do que aconteceu de importante nesses últimos anos.

Roger Federer, como não poderia deixar de ser é o grande nome da década e da história do tênis. 15 títulos de Grand Slam conquistados e 237 semanas consecutivas na liderança do ranking, dois recordes importantes. Terminou o ano na liderança do ranking cinco vezes em dez anos, nada mal.

Rafael Nadal, principal rival do suíço, foi o único a conseguir destroná-lo do topo do ranking. Rei do Saibro, Nadal conquistou 25 dos seus 36 títulos no piso, mas nem por isso podemos dizer que é um jogador de um piso só. Foi o único capaz de bater Federer na grama de Wimbledon e ainda levou o título do Australian Open na quadra de piso rápido. Dono de seis títulos de Grand Slam, o espanhol marca pela sua raça, determinação, força e poder mental dentro de quadra.

Lleyton Hewitt está um tanto esquecido nesses últimos anos, mas o australiano fez estrago no início da década com sua raça, regularidade e gritos de "come on" e merece ser lembrado. Com dois títulos de Grand Slam, e um total de 27 triunfos na carreira, foi o único jogador além de Federer a vencer o ATP Finals (antigo Masters Cup) mais de uma vez na década. É o oitavo jogador a permanecer mais tempo na liderança do ranking com 80 semanas.

Apesar de ter se aposentado em 2006 e ter vivido a maior parte de sua carreira no anos 90, Andre Agassi também está na lista dos cinco melhores. Seus feitos nessa década foram de chamar a atenção. Venceu três Australian Open (2000, 01, 03) e sete Masters 1000. Aos 33 anos, se tornou o jogador mais velho a chegar ao topo do ranking, além de terminar entre os 10 melhores do ranking da ATP todos os anos da década, até sua aposentadoria.

Eu não sei se concordo muito com essa quinta escolha, não tem um jogo, nem uma atitude que me agradam, mas ele tem lá seus méritos, estou falando de Andy Roddick. Com apenas um título de Grand Slam, 13 semanas na liderança do ranking e 27 títulos na carreira, o americano chama a atenção pela regularidade. Ele terminou entre os 10 primeiros do ranking nos últimos oito anos e venceu pelo menos um torneio por ano nos últimos nove anos.

Depois a ATP dá créditos especiais a alguns jogadores como Pete Sampras que venceu dois de seus 14 títulos de Grand Slam nessa década (Wimbledon em 2000 e US Open em 2002). Marat Safin também é lembrado com dois títulos de Grand Slam e nove semanas na liderança do ranking, o russo talvez pudesse ter sido o melhor jogador da década graças a seu enorme talento, mas que não foi usado por completo. Nosso querido Gustavo Kuerten não poderia ficar de fora, e tenho certeza estaria entre os cinco melhores não fossem as contusões (em minha opinião merecia mais do que o Roddick a quinta posição, mesmo com as contusões) que o tiraram a chance de continuar jogando em alto nível. Guga ganhou dois Roland Garros em 2000 e 2001, além de faturar o ATP Finals em 2000 ao derrotar Sampras e Agassi na semi e na final respectivamente (único jogador a conseguir tal feito). Com essa vitória assumiu o primeiro lugar do ranking, onde permaneceu por 43 semanas. Outros jogadores mencionados foram Juan Carlos Ferreiro, David Nalbandian e Nikolay Davydenko.

As rivalidades da década começam com Federer e Nadal. Foram 20 jogos, em sua maioria fantásticos (apenas seis deles foram decididos em sets diretos). Nadal levou a melhor em 13 confrontos. O espanhol fez até Federer chorar de desespero por não conseguir batê-lo. De todos os confrontos 16 deles foram jogados em finais. Apesar da rivalidade, o respeito que ambos tem um pelo outro é enorme. Em seguida temos Sampras e Agassi. Foram 34 jogos, mas apenas seis jogados nessa década. De qualquer forma, essa rivalidade era tão intensa que resolveram esticar um pouco. Sampras levou a melhor em 20 dos confrontos. Em seguida temos Nadal contra Djokovic, uma rivalidade relativamente nova, com pouco mais de três anos, mas que já rendeu 21 jogos, dentre eles o jogo mais longo da história em partidas melhor de três sets. Até o momento Nadal vence o confronto por 14 a 7. A quarta rivalidade é bem apertada. Federer contra Nalbandian. Federer tem dez vitórias contra oito do argentino. Talvez o jogo mais memorável dos dois tenha sido na final do ATP Finals de 2005 quando Nalbandian virou o jogo após estar perdendo por dois sets a zero. A última rivalidade também teve seus confrontos em sua maioria da década de 90, mas vale a pena lembrar. Agassi vs Patrick Rafter. O primeiro com uma das melhores devoluções da história e o segundo com um dos melhores jogos de saque e voleio, propiciaram duelos lindíssimos de serem assistidos. No final Agassi levou a melhor com dez vitórias, contra cinco do australiano.

Rapidamente passar por aqueles jogadores que bateram na trave, chegaram muito próximos de uma grande conquista, mas deixaram escapar. Primeiro Guillermo Coria que desperdiçou dois match points na final de Roland Garros em 2004 contra seu compatriota Gaston Gaudio, após estar vencendo por dois sets a zero. Depois temos Andy Roddick que após perder as finais de Wimbledon em 2004 e 2005 para Federer, teve sua maior chance na incrível final deste ano, mas deixou escapar novamente. Na terceira colocação temos Paul-Henry Mathieu que esteve a dois pontos de dar o título para a França na Copa Davis em 2002, após estar vencendo o quinto jogo por dois sets a zero contra Mikhail Youzhny, mas deixou que o russo se tornasse o primeiro jogador na história da competição a conseguir uma virada nessas condições. Detalhe, a final foi na França. O maior motivo deu ter colocado esse tópico foi devido a vitória de Gustavo Kuerten sobre Michael Russell na quarta rodada de Roland Garros em 2001. Guga salvou um match point no terceiro set e virou a partida, para rodadas mais tarde vencer seu terceiro título no torneio francês. Foi nessa partida que ele desenhou pela primeira vez o coração no saibro. O último foram os dois títulos perdidos por Patrick Rafter em Wimbledon em 2000 e 2001. No segundo ano ele esteve a dois pontos da vitória contra o croata Goran Ivanisevic, mas ficou só no sonho.

Quando se fala em recordes, novamente falamos de Federer que não só obteve as melhores marcas da década como bateu muitos recordes de todos os tempos no tênis. Dividindo com ele essa glória temos novamente Rafael Nadal que também estabeleceu grandes marcas e bateu alguns recordes. Eu não vou mencioná-los, pois são muitos e esse post já ficou muito maior do que eu previa, então para quem quiser dar uma olhada, eu vou colocar os dois links para essas matérias no site da ATP. Recordes e Marcas da Década e Estatísticas da Década. Vale a pena, pois eles ajudam a mostrar e provar o enorme domínio que esses dois jogadores tiveram na última década.

Se alguém lembrar de algum jogador importante da década que ficou fora da lista, alguma rivalidade que vale a pena ser lembrada ou uma conquista que passou entre os dedos, comente e nos ajude a recordar!

Agora é esperar para ver quem serão grandes nomes nos próximos dez anos. Será que já os conhecemos ou serão jogadores que ainda estão por vir?

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