sexta-feira, 12 de março de 2010

Veteranos no Brasil - Rio Champions 2010

Está começando essa noite no Maracanãzinho o Rio Champions, torneio de veteranos que faz parte do circuito Champion Series. Esse circuito acontece desde 2005, mas veio ao Rio de Janeiro apenas ano passado, onde John McEnroe foi campeão da etapa em cima de Jim Courier.

Para poder participar, os tenistas precisam ter pelo menos 30 anos, ter no mínino alcançado a final de um Grand Slam, estado entre os 5 melhores do ranking da ATP ou jogado uma partida de simples numa final de Copa Davis.

Oito jogadores competem numa chave eliminatória. Os perdedores da estréia jogam uma partida exibição de duplas no sábado. Os perdedores da semifinal disputam o 3o lugar antes da final no domingo. O campeão do torneio leva US$60 mil.

Esse ano o Brasil recebe ninguém menos do Marat Safin. Recém aposentado, o russo é a maior atração do torneio. Presenteado com enorme talento, Safin não chama atenção apenas dentro das quadras, ele sempre foi um dos mais simpáticos jogadores do circuito e também é mestre na arte de gerar notícias. Ele chega ao Rio com um alto nível de jogo, afinal, há poucos meses ainda disputava torneios profissionais. Para quem quiser saber um pouco mais sobre esse grande jogador, clique aqui e leia a matéria que escrevi sobre ele na época de sua aposentadoria.

O maior campeão do circuito e finalista em 2009 no Rio, Jim Courier também estará presente. O ex-número 1 do mundo volta para tentar capturar o título que deixou escapar ano passado. Dono de quatro Grand Slam e duas Copa Davis, o americano possuí um técnica estranha e movimentos não tão belos, mas é eficiente.

O sueco Mats Wilander é o maior nome do torneio em termos de títulos conquistados na carreira profissional. Ao todo foram sete títulos de Grand Slams e três Copa Davis, além de 20 semanas na liderança do ranking.

O australiano, Mark Philippoussis que se declarou falido tempos atrás, deve estar tentando reaver a fortuna de quase US$7 milhões que conquistou ao longo da carreira. Para isso, vai ter que encaixar muitos de seus potentes saques. Philippoussis que esteve aqui ano passado, foi duas vezes finalista de torneios Grand Slam, conquistou duas Copa Davis e alcançou a 8a posição no ranking.

Eu era relativamente jovem quando vi o sul africano Wayne Ferreira jogar, lembro gostar de seu jogo, mas lembro também como ele era amarelão. Sempre achava que seu jogo podia o levar mais longe do que a 6a posição no ranking e os 15 títulos conquistados na carreira. Mas enfim, tem jogadores que na hora "H" travam. Acho que ele era um deles.

O encardido francês, Cedric Pioline, também mostra suas raquetadas por terras tupiniquins. Pioline foi duas vezes campeão da Copa Davis, chegou a duas finais de Grand Slam e chegou a ser 5o do ranking. Tem um número baixo de títulos na carreira para alguém com sua reputação, "apenas" cinco.

Mikael Pernfors é compatriota de Wilander, mas não possuí o mesmo currículo impressionante. O sueco que esteve no Brasil ano passado, chegou a ser finalista da Rolando Garros e conquistou três títulos da ATP. Sua melhor posição no ranking foi o 10o lugar.

Último, porém não menos importante, o showman brasileiro, Fernando Meligeni. Sempre presente nesses eventos, Meligeni é garantia de diversão. Na teoria, ele não atende os requisitos mínimos para participação do evento, mas o país sede da etapa tem direito a um convite.

Abrindo a programação teremos Fernando Meligeni x Mikael Pernfors. Logo depois jogam Mark Philippoussis x Cedric Pioline, seguido do grande jogo da noite entre Marat Safin x Wayne Ferreira e encerrando a rodada Mats Wilander x Jim Courier.

Enquanto não entravam em quadra, os tenistas aproveitaram o tempo livre para conhecer alguns pontos turísticos e bater uma bolinha com Zico no Maracanã.

Outra grande atração do evento é a presença de Gustavo Kuerten. Ele não jogará, mas será homenageado pelo aniversário de 10 anos de seu título no Masters Cup em Lisboa, conquista que o deu a liderança do ranking, roubada justamente de Safin. Ele ainda fará a alegria da garotada, já que jogará com elas amanhã no Kids Day.

Nunca temos a oportunidade de ver grandes ídolos como esses no Brasil durante suas carreiras profissionais. Essa é uma chance rara de assistir de perto tenistas que fizeram a história. Quem puder, não perca. Quem sabe um dia consigamos organizar torneios grandes o suficiente para que jogadores top venham ao país no auge de suas carreiras.

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