sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Façam suas opostas!

Em sua grande maioria, finais de Grand Slam são sempre promessas de grandes jogos, afinal de contas, normalmente envolvem grandes nomes. Será assim no feminino entre Serena e Henin e será assim no masculino.

Um finalista nós já sabíamos, tinha saído ontem na vitória de Murray sobre Cilic. Hoje ficamos sabendo o outro, Roger Federer, que já era de se esperar. A surpresa foi a forma com que o suíço venceu Tsonga, que praticamente nem entrou em quadra e levou fáceis 6/2 6/3 6/2, em menos de 90 minutos de partida. Um treino de luxo às vésperas da decisão.

Como será difícil prever um vencedor para essa final. Federer está indo para sua 22a final de Grand Slam (recorde) e busca seu 16o título (também recorde). Já o britânico está indo para sua segunda final (a primeira perdeu para Federer no US Open em 2008) e busca seu primeiro título. Em termos de experiência, ponto para o suíço.

Mas a questão é que Andy Murray evoluiu muito desde então. Ele parece estar mais rápido e ágil em quadra, todas suas partidas são recheadas de bolas mágicas e winners feitos de jogadas praticamente impossíveis. O jogador estritamente devolvedor e contra-atacador está abrindo espaço para um jogador mais agressivo que também busca controlar os pontos. Isso abre o leque de possibilidades de variações táticas, algo que ele tem feito com maestria. Deixadinhas, subidas a rede, lobs, saques bem colocados fazem parte desse arsenal de variação.

A questão é que do outro lado temos um jogador que sabe fazer isso tudo há muito tempo e por isso conquistou e quebrou quase todos os recordes. Federer melhorou de produção a cada jogo ao longo do torneio. Devolveu as duas derrotas seguidas ao russo Nikolay Davydenko, jogador que entrou no torneio como o homem a ser batido. Perdeu apenas dois sets até aqui.

Murray também fez uma campanha para não deixar nenhuma dúvida da fase em que se encontra. O único set perdido veio contra Cilic na semifinal.

É claro que no tênis, temos aqueles dias que tudo dá certo ou tudo dá errado, Clijsters que o diga. Mas considerando um jogo em que os dois estejam em condições normais de temperatura e pressão, acredito que o confronto será decidido na cabeça. Isso porque todo o resto está muito similar. Tecnicamente e fisicamente, pouco muda entre os dois. Ambos são inteligentes, mas quem lidará melhor com a pressão? Essa em minha opinião é a pergunta que vai decidir a partida.

Como já disse antes, Federer é um campeão, e como tal, quer vencer a qualquer custo, não importa quantos Grand Slams ele já tem em sua prateleira. Mas de qualquer forma, ele não tem mais o que provar à ninguém. Do outro lado da quadra temos um jogador que quer provar que pode ser um vencedor de torneios grandes. Além de carregar a esperança de toda a Grã-Bretanha de ter um grande vencedor e o número 1 do mundo. E isso não é pouco dentro da cabeça de um jogador.

Acho que a hora de Murray não vai demorar a chegar, mas não creio que será dessa vez. Meu palpite para essa final vai para Federer.

E você, qual o palpite e opinião sobre a primeira final de Grand Slam do ano? Lembrando que a Austrália também costuma ser palco para novos campeões em Grand Slams.

Um comentário:

  1. Oi Ti,

    Vai dar Federer ! O "bocão" do Murray vai ter que esperar mais um pouco...rsrss
    É só acordar bem cedo amanhã e conferir.
    s.

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